domingo, junho 25, 2006

Controle Populacional: o que há por trás da cortina de fumaça? - Final

Kissinger continua em outra parte do documento:

“As ações construtivas que os EUA tomarem ajudarão a promover os nossos objetivos. Para isso devemos:
a) Apoiar firmemente o Plano Mundial de População e a adoção das suas cláusulas apropriadas nos programas nacionais e outros.
b) Incentivar os programas nacionais a adotarem metas populacionais específicas que incluam os níveis de substituição da fertilidade para os países desenvolvidos e os menos desenvolvidos.
c) Iniciar um plano de cooperação internacional de programas de pesquisas nacionais sobre a reprodução humana e o controle da fertilidade, programas que abranjam os fatores sócio-econômicos e biomédicos, conforme foi proposto pela Delegação dos EUA em Bucareste.
d) Iniciar um programa de pesquisa estratégico cooperativo internacional sobre reprodução e controle da fertilidade que incluam aspectos médicos e sócio-econômicos, como foi proposto pela Delegação dos EUA em Bucareste
e) Agir de acordo com nossa proposta em Bucareste, colaborando com outros doadores interessados e órgãos da ONU para ajudar os países escolhidos a desenvolverem serviços de planejamento familiar e de saúde preventiva de baixo custo.
f) Trabalhar diretamente com os países doadores e por meio do Fundo das Nações Unidas para as Atividades de População e o OECD/DAC para aumentar a assistência bilateral e multilateral para os programas populacionais.”
(Páginas 19 a 21)

O FNUAP (Fundo das Nações Unidas para as Atividades de População) é sustentado pelo milionário norte-americano Ted Turner, fundador do canal de televisão CNN e co-presidente da Time-Warner, que já desembolsou 8 milhões de dólares a este órgão da ONU, o qual possui projetos em andamento para o que chama de “saúde reprodutiva”. A fundação é dirigida pelo ex-senador Timothy Wirth, diretor da delegação dos EUA na conferência do Cairo sobre População durante o governo Clinton, onde se destacou por suas posições radicais em defender a contracepção e o aborto livre. Também outros milionários já fizeram vultuosas doações (Bill Gates doou 1.7 milhão de dólares “para atividades de controle da população e desenvolvimento econômico”). George Soros e Warren Buffet, coincidentemente, “contribuem com grandes somas a entidades que promovem o controle de natalidade” (Aceprensa, 1998). O livro de Jacqueline Kasun (The War Against Population) contém uma série de dados sobre instituições financiadas por americanos (quando não pelo próprio governo dos EUA) que colocam o controle de natalidade como condição para empréstimos e outros assuntos de ordem econômica a outros países (como a Índia, por exemplo). A tabela a seguir foi extraída desta edição (pg. 221) e mostra os milhões de dólares investidos pelos EUA em toda espécie de redução do índice de fertilidade em alguns anos:

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